domingo, 20 de janeiro de 2008

Desenhando o futuro

Mercado apresenta grande potencial para profissionais de design

Mônica Bichara

Parece incrível, mas a montadora Ford em Camaçari e as comunidades quilombolas da Chapada Diamantina, na Bahia, têm algo muito forte em comum: o design. A atividade, que ganhou destaque a partir da revolução industrial, é considerada hoje estratégica para a inserção de qualquer produto no mercado. Não por acaso, os profissionais de design são cada vez mais requisitados e as instituições de ensino superior multiplicam as opções para quem quer se especializar.

De um pequeno objeto artesanal a uma jóia, um carro ou mesmo um empreendimento imobiliário, passando pela marca de uma empresa e pela embalagem de um produto, o design está presente em quase tudo que é produzido ou vendido. Como a Bahia não tinha tradição no ramo, a implantação do complexo Ford, em Camaçari, exigiu a importação de grande parte dos colaboradores lotados no setor de design, incluindo engenheiros e desenhistas industriais. Hoje, dos cerca de 50 que trabalham na área, muitos já foram captados no mercado local, graças a iniciativas de universidades que passaram a oferecer especialização com foco no setor automotivo.

Foi justamente para estimular o segmento no estado, famoso pela riqueza cultural, que surgiu o Centro de Design da Bahia. Criado em 2005, o CDB passou 18 meses fechado e foi revitalizado graças a uma parceria com a ONG italiana SUD-UIL, ligada à União Italiana do Trabalho, uma das maiores centrais de trabalhadores daquele país. Reinaugurado no início de novembro de 2007, o centro hoje tem como uma das prioridades estimular o artesanato baiano organizado através de cooperativas ou núcleos. “Nossa meta agora é estender as atividades de cerâmica para o interior do estado, incluindo comunidades indígenas da região sul e quilombolas da Chapada Diamantina”, anunciou Bruno Ferro, representante da SUD-UIL na Bahia.



Jornal Correio da Bahia: Reportagem do dia 20/1/2008 - Desenhando o futuro

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Transformação da Linha por Priscilla Fernandes





Trazendo uma nova inovação nos termos de decoração, a marca Zizi Maria resgata a manufatura do crochê e tricô



Almofada pétalas e capa colorida para puff


Através de movimentos hábeis e precisos, mãos firmes que dominam fios e agulhas, se formam uma nova trama de desenho. São gestos que traduzem e cultivam os trabalhos manuais do tricô, crochê, bordados e outras técnicas utilizadas por Zizi Maria.



Apresentando um know how no desenvolvimento de roupas para estilistas como Alexandre Herchcovitch, Daslu e Isabela Capeto, Zizi resolveu criar sua própria marca. Contando com uma média de 100 artesãs, chega para inovar o mercado, com peças que resgatam e atualizam antigas técnicas de decoração.

Tapete multicolor


Sua primeira coleção engloba 30 modelos de almofadas, a maior parte delas com três opções de cores e fabricados em dois tamanhos. As mantas apresentam quatro modelos, sendo variadas em cores e tamanho. Xale para sofás, “pezeiras” para cama, jogos americanos de junta e fio de algodão com acrílico e tapetes de juta completam a coleção.
Mas não para por aí, a coleção ainda conta com a novidade da capa para puff feita em crochê e tricô com fios desenvolvidos exclusivamente pela marca. O lançamento apresenta grande flexibilidade de adaptação para modelos redondos e quadrados, contando com o desenvolvimento manual.Essas maravilhosas peças podem ser encontradas no show room da marca, localizada na Vila Pompéia, basta ligar e marcar uma horinha.
Confira a entrevista da Zizi com o ONNE, e descubra alguns de seus segredinhos.
ONNE: Por que resolveu levar seu trabalho do mercado de moda para o de decoração?
Zizi: Percebi que no mercado de decoração não tinha peças feitas à mão com fios usados na moda e nem as técnicas antigas.
ONNE: Com quem ou onde aprendeu a mexer com crochê e tricô?
Zizi: Com minha mãe.
ONNE: Como começou a trabalhar nessa área?
Zizi: Trabalho com moda desde 1985, com representação, e sempre ficava muito curiosa com o processo de criação, até que comecei a desenvolver peças em tricô e crochê para as grandes marcas.
ONNE: Da onde você tira inspiração para criar suas peças?
Zizi: É uma troca com as artesãs e os estilistas.
ONNE: Qual é o estilo de vida do seu público-alvo?
Zizi: Descolado e de bom gosto.
ONNE: Como é criar peças para estilistas tão visados hoje em dia?
Zizi: É muito gratificante, normalmente criamos juntos.
SERVIÇO

Zizi Maria: zizimaria



http://msn.onne.com.br/conteudo/1394/transforma-o-da-linha