Especialista diz que é possível realizar o sonho de ter um carro conversível sem desembolsar uma fortuna
Vladimir Maluf
Recentemente, nos anos 1980 e 1990, os carros conversíveis eram bem mais comuns. Quem não se lembra do Escort XR-3 – especialmente o amarelo – ou do Kadet – quase sempre branco – que circulavam sem capotas por aí?
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Eram modelos com preços mais razoáveis, pois tratavam-se de carros comuns. Agora, quem quiser ter um conversível para chamar de seu tem três alternativas: desembolsar uma boa grana em um dos novos, apelar para um desses modelos que pararam de ser fabricados ou transformar um carro em uma versão sem teto.
Você também pode!
O designer Bruno Bertoli Almeida, da loja Trocar Capotas e Cia, em Campinas (SP), diz que qualquer carro pode se tornar um conversível. “Desde que seja feito um projeto de reestruturação e sustentação no veículo, pode”. Ele explica que para transformar o modelo é necessário colocar longarinas e chapas bem reforçadas, em pontos cruciais, muito bem calculados, para que não abale a estrutura do automóvel.
E é por segurança que Bruno aconselha escolher uma oficina muito confiável. “A princípio, parece fácil mudar o carro. Mas não é só passar a serra que o carro se torna conversível. Há muitas questões envolvidas por trás desse assunto”. E ele cita cinco passos fundamentas que o interessado precisa estar de olho, caso queira abrir o teto do carro.
O preço, Bruno diz que varia muito, de acordo com o projeto. Mas, em uma conversa informal, soubemos que com cerca de R$ 15 mil você pode pensar em transformar um VW Fusca, com a documentação incluída. Muito mais barato do que comprar um conversível novo.
Porém, depende do seu sonho: como será a funilaria, pintura, se precisará mexer na mecânica, elétrica e trocar vidros. A boa notícia é que o carro sai pronto. “Nós mexemos em tudo, funilaria, mecânica e até a documentação, que precisa ser alterada”, diz Bruno.
Cinco detalhes fundamentais
1. Primeiro, é necessário saber se a empresa possui habilitação para a conversão do carro. “Informe-se se o estabelecimento é homologada pelo Inmetro, pois hoje em dia o sistema para a documentação é bem rígido e, caso contrário, o dono do carro só terá dor de cabeça com a legalização”.
2. Verifique a empresa tem porte para fazer a transformação, se possui profissionais qualificados, uma estrutura sólida e bem organizada. Vá conhecer a oficina e explore bem como ela funciona.
3. Procure conhecer pessoas que já transformaram seus carros na oficina. “Peça para ver projetos antigos, conhecer seus produtos, para não correr o risco de ser enganado, pois você pode estar correndo o risco de estragar o carro”.
4. Deixe muito claro o prazo para a entrega do carro. “Para que o carro não fique um período muito grande na oficina, pois isso pode te dar muita insatisfação e dor de cabeça”.
5. Cuidado com os preços convidativos demais, pois milagres não existem. “Verifique orçamentos e não se deixar enganar por preços muito baixos. Compensa gastar um pouco mais com empresas mais qualificadas, para não acabar perdendo dinheiro”
6. Por mais habilidoso que você seja, não tente fazer isso em casa. “Há muitos que optam por métodos caseiros de transformação. Acabam trazendo o veículo para cá querendo arrumar o estrago, e aí acaba ficando muito mais caro”.
fonte como fotos:http://estilo.ig.com.br/noticia/2009/01/29/transforme+seu+carro+em+conversivel+3465924.html