segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

DOUTORADO NA PUC - TEMA: 'PREGUIÇA BAIANA'

'Preguiça baiana' é faceta do racismo. A famosa 'malemolência' ou preguiça baiana, na verdade, não passa de racismo, segundo concluiu uma tese de doutorado defendida na PUC. A pesquisa que resultou nessa tese durou quatro anos.
A tese, defendida no início de setembro pela professora de antropologia Elisete Zanlorenzi, da PUC-Campinas, sustenta que o baiano é muitas vezes mais eficiente que o trabalhador das outras regiões do Brasil e contesta a visão de que o morador da Bahia vive em clima de 'festa eterna'.
Pelo contrário, é justamente no período de festas que o baiano mais trabalha. Como 51% da mão-de-obra da população atua no mercado informal, as festas são uma oportunidade de trabalho. 'Quem se diverte é o turista', diz a antropóloga.
O objetivo da tese foi descobrir como a imagem da preguiça baiana surgiu e se consolidou. Elisete concluiu, após quatro anos de pesquisas históricas, que a imagem da preguiça derivou do discurso discriminatórios contra os negros e mestiços, que são cerca de 79% da população da Bahia.
O estudo mostra que a elevada porcentagem de negros e mestiços não é uma coincidência. A atribuição da preguiça aos baianos tem um teor racista.
A imagem de povo preguiçoso se enraizou no próprio Estado, por meio da elite portuguesa, que considerava os escravos indolentes e preguiçosos, devido às suas expressões faciais de desgosto e a lentidão na execução do serviço (como trabalhar bem-humorado em regime de escravidão????).
Depois, se espalhou de forma acentuada no Sul e Sudeste a partir das migrações da década de 40. Todos os que chegavam do Nordeste viraram baianos. Chamá-los de preguiçosos foi a forma de defesa encontrada para denegrir a imagem dos trabalhadores nordestinos (muito mais paraibanos do que propriamente baianos), taxando-os como desqualificados, estabelecendo fronteiras simbólicas entre dois mundos como forma de 'proteção' dos seus empregos.
Elisete afirma que os próprios artistas da Bahia, como Dorival Caymmi, Caetano Veloso e Gilberto Gil, têm responsabilidade na popularização da imagem. 'Eles desenvolveram esse discurso para marcar um diferencial nas cidades industrializadas e urbanas. A preguiça, aí, aparece como uma especiaria que a Bahia oferece para o Brasil', diz Elisete. Até Caetano se contradiz quando vende uma imagem e diz: 'A fama não corresponde à realidade. Eu trabalho muito e vejo pessoas trabalhando na Bahia como em qualquer lugar do mundo'.
Segundo a tese, a preguiça foi apropriada por outro segmento: a indústria do turismo, que incorporou a imagem para vender uma idéia de lazer permanente 'Só que Salvador é uma das principais capitais industriais do país, com um ritmo tão urbano quanto o das demais cidades.'
O maior pólo petroquímico do país está na Bahia, assim como o maior pólo industrial do norte e nordeste, crescendo de forma tão acelerada que, em cerca de 10 anos será o maior pólo industrial na América latina.
Para tirar as conclusões acerca da origem do termo 'preguiça baiana', a antropóloga pesquisou em jornais de 1949 até 1985 e estudou o comportamento dos trabalhadores em empresas. O estudo comprovou que o calendário das festas não interfere no comparecimento ao trabalho. O feriado de carnaval na Bahia coincide com o do resto do país. Os recessos de final de ano também. A única diferença é no São João (dia 24 /06), que é feriado em todo o norte e nordeste (e não só na Bahia).
Em fevereiro (Carnaval) uma empresa, cuja sede encontra-se no Pólo Petroquímico da Bahia, teve mais faltas na filial de São Paulo que na matriz baiana (sendo que o n° de funcionários na matriz é 50% maior do que na filial citada).
Outro exemplo: a Xerox do Nordeste, que fica na Bahia, ganhou os dois prêmios de qualidade no trabalho dados pela Câmara Americana de Comércio (e foi a única do Brasil).
Pesquisas demonstram que é no Rio de Janeiro que existem mais dos chamados 'desocupados' (pessoas em faixa etária superior a 21 anos que transitam por shoppings, praias, ambientes de lazer e principalmente bares de bairros durante os dias da semana entre 9 e 18h), considerando levantamento feito em todos os estados brasileiros. A Bahia aparece em 13° lugar.
Acredita-se hoje (e ainda por mais uns 5 a 7 anos) que a Bahia é o melhor lugar para investimento industrial e turístico da América Latina, devido a fatores como incentivos fiscais, recursos naturais e campo para o mercado ainda não saturado. O investimento industrial e turístico tem atraído muitos recursos para o estado e inflando a economia, sobretudo de Salvador, o que tem feito inflar também o mercado financeiro (bancos,financeiras e empresas prestadoras de serviços como escritórios de advocacia, empresas de auditoria, administradoras e lojas do terceiro setor).

Faça-me o favor de encaminhar este e-mail ao maior número possível de pessoas. Para que, desta forma, possamos acabar com este estereótipo de que o baiano é preguiçoso. Muito pelo contrário, somos dinâmicos e criativos. A diferença consiste na alegria de viver, e por isso, sempre encontramos animação para sair, depois do expediente ou da aula, para nos divertir com os amigos.

Designers: De onde vêm? De que se alimentam?

Nunca o Brasil viveu uma euforia tão grande em relação ao design como nos últimos anos. Definitivamente saímos dos editoriais de arte, moda e cultura, para fazermos parte do vocabulário cotidiano dos colunistas de economia. Empresários, administradores, jornalistas, profissionais de comunicação, engenheiros de produção e até os políticos estão sedentos por informações sobre esta “nova ciência” que, por sinal, ainda não é ciência, mas que de nova não tem nada. Talvez no Brasil onde a bem conhecida desigualdade social também se reflete numa dicotomia empresarial: Informal X Multinacional, Artesanal X Industrial ou, trocando em miúdos, um Brasil sobrevive da arte popular enquanto outro, em nome da produtividade, pensa “para que inventar se podemos copiar lá de fora?” Nem certo, nem errado, estes dois Brasis são os ingredientes para tornar nossos produtos cada vez mais competitivos e nossa economia cada vez mais sólida. Nós, designers, somos os “alquimistas” que equacionam estes ingredientes para fazer da nossa arte e da nossa cultura produtos e empresas com alto valor agregado, e assim transformar o “marginal” em ouro.Bem, daí vem a resposta para a nossa primeira pergunta: De onde vêm os designers? O design surgiu como atividade profissional exatamente no momento da mudança do Estado-Bélico para o Estado-Empresa na Alemanha do Pós-I Guerra. O entendimento de que o design era uma ferramenta fundamental para esta mudança resultou na criação da Bauhaus, em 1919, um marco no ensino do design no mundo todo. E o Brasil finalmente descobriu o design! Mesmo que tardio em relação a outros países, nós designers, estamos vivendo um momento histórico. Por um lado orgulhosos de vermos nossa atividade conquistando corações e mentes e finalmente ocupando seu devido lugar, por outro lado, preocupados com esta euforia. Explico: o problema da educação no Brasil logicamente também afeta o design, e diferente da Alemanha, aqui o design nasceu aos trancos e barrancos, através de profissionais de outras áreas que foram se “auto-aperfeiç oando” ao longo dos anos, com exceção de alguns raros casos de designers estrangeiros que moram no país ou brasileiros que estudaram no exterior. Esta deficiência começa a ser suprida inicialmente em pontos isolados como a Escola Superior de Desenho Industrial, no Rio de Janeiro e, aqui no Rio Grande do Sul, o curso de Desenho Industrial da Universidade Federal de Santa Maria. Recentemente esta euforia também se percebe na enorme quantidade de universidades particulares que criaram ou estão criando cursos de graduação e especialização em design. Mas por serem recentes o que se percebe no mercado é uma maioria de autodidatas. O resultado disso é que há uma grande confusão no mercado sobre quem são os profissionais capacitados para atuação com design de produtos ou programação visual. A regulamentação da profissão poderia ser um caminho, mas parece que vai na contramão das leis do mercado e está cada vez mais distante de acontecer. A auto-regulamentaçã o parece ser a solução mais viável, e aí se reforça a importância das associações profissionais como a Apdesign no Rio Grande do Sul e a ADG em São Paulo e Rio de Janeiro. Enquanto não se tem meios reguladores da nossa atividade, a chave para sabermos quem realmente é designer, está na resposta da segunda questão: De que os designers se alimentam? A resposta é simples: de projetos de design.
Por mais óbvio que possa parecer, este teste ajuda a resolver ou, pelo menos, diminuir o desafio de se buscar profissionais de design no mercado em tempos de euforia. É simples, se se alimenta de design é designer, mas se se alimenta de decoração, artes, propaganda ou qualquer outra atividade e faz (ou diz que faz) design nas horas vagas, este não é designer. Como bem disse Platão “Somos o que repetidamente fazemos, a excelência, portanto, é um hábito e não um feito”.
matéria de: José Antônio Verdi - Diretor da Verdi Design e presidente da Associação dos Profissionais em Design do RS

domingo, 7 de dezembro de 2008

Como aplicar a arte moderna também em automóveis


Texto: Juliano Barbosa
Fotos: Divulgação


(04-12-08) - Fala galera! Aqui estou eu mais uma vez para falar sobre personalização. Você já deve ter percebido que este tema tem vários e vários assuntos que podem ser abordados. Na medida do possível trarei as novidades e o que há de mais top neste ramo.

Aqui na Dimension não temos limites e tudo que for possível fazer, sem interferir na segurança das pessoas que usam os carros, com certeza nós fazemos. Já explique em uma matéria anterior (veja a matéria que fizemos sobre tintas especiais) que podemos deixar o visual externo de sua caranga com a sua cara e hoje vou te ensinar como fazer isso entrando na onda hip hop.

Os super carros e o hip hop têm tudo a ver e um dos segmentos do hip hop que é mais divulgado é o grafite. Em alguns carros usamos o grafite para personalizar e você pode fazer isso também.
Usamos aqui na Oficina uma tinta spray que pode ser encontrada em qualquer loja de tintas no Brasil, então se você está aí no interiorzão e acha que não irá conseguir, esqueça e deixe de desculpas. Saia a caça de tintas em spray, siga as minhas dicas e arrase com seu carro estilizado.

As tintas em sprays usadas para grafitar em paredes, como grandes grafiteiros fazem muito bem por aí, também podem ser usadas para grafitar ou fazer detalhes em carros.

Particularmente, os sprays que recebemos aqui na Oficina, usamos para pintar pára-choques e fazer alguns detalhes de pintura.

Mas você em sua casa pode usá-lo para fazer desenhos (se você tiver habilidade), para fazer detalhes ou ainda, se você quiser um grafite radical contrate um grafiteiro profissional para lhe ajudar.

Veja as fotos ao lado de alguns grafites que o Bonga e os caras do 5 Zonas fizeram para nós e que usaremos futuramente em alguns carros.

Ah! Tem uma coisinha muito importante e que você não pode esquecer, antes de pintar é necessário passar uma massa chamada Primmer, que você encontrará em lojas de produtos automotivos ou até em lojas de tintas. Depois da pintura feita e seca, o ideal é passar uma camada de verniz automotivo para garantir seu desenho fique intacto por muito tempo.

É isso aí galera! Mãos na massa! Deixe a preguiça de lado e capriche na sua caranga!
Até a próxima!

Juliano Barbosa é especialista em customização automotiva e um dos líderes da Dimension Customs, produtora dos carros do quadro Lata Velha, do Caldeirão do Huck

http://www.webmotors.com.br/wmpublicador/MSNNoticia_conteudo.vxlpub?hnid=41039



terça-feira, 2 de dezembro de 2008

ÉDESIGN2008 “O ÀS DA MANGA" - II Encontro Estadual de Estudantes de Design de Pernambuco


INSCRIÇÕES: 3,4 e 5 de dezembro (quarta, quinta e sexta-feira)
HORARIO: 12 ÀS 16H
LOCAL: CAC [UFPE] e na Faculdade Maurício de Nassau (próximo à Praça Oswaldo cruz e do teatro Waldemar de oliveira)
INVESTIMENTO: R$15,00 para os DOIS dias de evento (19 e 20 de dezembro)

Mais informações e novidades:
Site: www.edesignpe.org Blog: http://edesign2008.blogspot.com